Biblioteca Indica 9ª edição Celebra o Dia do Imigrante

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Queridos Leitores,

Na 9ª edição do Biblioteca Indica, a Equipe da Biblioteca Professor Hélio Fontes convida a todos a Celebrar o Dia do Imigrante, celebrado em 25 de junho. A imigração constituiu-se como um traço importantíssimo para a formação da sociedade brasileira. As sucessivas chegadas de imigrantes tornaram o Brasil um dos países com maior diversidade cultural no mundo.
Esta data foi criada para homenagear essas pessoas, que deixam para trás amigos e família em busca de melhores condições de vida, além de colaborarem para o crescimento do país que se destinam.

O Brasil é um país formado e construído por várias diferentes nacionalidades, que migraram de seus países com o sonho de obter melhores condições de vida em terras brasileiras.

Italianos, alemães, ucranianos, poloneses, africanos e japoneses foram algumas das etnias que chegaram ao Brasil, em meados do século XVIII e XIX, e ajudaram na colonização do país.

No calendário brasileiro, os imigrantes ainda são homenageados em duas outras datas: Dia do Imigrante Italiano (21 de fevereiro) e o Dia do Imigrante Japonês (18 de junho).

 Origem do Dia do Imigrante

O dia 25 de junho foi determinado como o Dia do Imigrante através do Decreto nº 30.128, de 14 de novembro de 1957, emitido pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Esta data foi escolhida por ser o fim das celebrações da semana da Imigração Japonesa, comemorada a partir de 18 de junho.

 Breve história da imigração

A marca da imigração no Brasil pode ser percebida especialmente na cultura e na economia das duas mais ricas regiões brasileiras: Sudeste e Sul.
A colonização foi o objetivo inicial da imigração no Brasil, visando ao povoamento e à exploração da terra por meio de atividades agrárias. A criação das colônias estimulou o trabalho rural. Deve-se aos imigrantes a implantação de novas e melhores técnicas agrícolas, como a rotação de culturas, assim como o hábito de consumir mais legumes e verduras. A influência cultural do imigrante também é notável.  A imigração teve início no Brasil a partir de 1530, quando começou a estabelecer-se um sistema relativamente organizado de ocupação e exploração da nova terra. A tendência acentuou-se a partir de 1534, quando o território foi dividido em capitanias hereditárias e se formaram núcleos sociais importantes em São Vicente e Pernambuco. Foi um movimento ao mesmo tempo colonizador e povoador, pois contribuiu para formar a população que se tornaria brasileira, sobretudo num processo de miscigenação que incorporou portugueses, negros e indígenas.

Arquivo Nacional

O acervo do Arquivo Nacional possibilita que conheçamos parte dessa história, ela salvaguarda documentos da Imigração Japonesa, que você pode conferir na edição passada. A instituição tem sob sua guarda importantes documentos sobre a entrada de estrangeiros no Brasil, como listagem de passageiros, lista de hospedarias, prontuários de estrangeiros etc. Consulte aqui essa documentação:  https://bit.ly/2J6CZbh

Imigração Africana

A situação dos imigrantes africanos no Brasil, desde os antigos escravos até os estudantes universitários atuais, é caracterizada pelo racismo da sociedade brasileira.

Africanos foram trazidos para o Brasil como escravos desde meados do século XVI. O regime escravocrata foi aqui institucionalizado através de uma série de leis, que determinavam quem era escravo e como seriam as punições (que incluíam práticas como torturas e marcas com ferro quente). A lei Diogo Feijó proibiu o tráfico de escravos, mas foi ignorada e o tráfico persistiu por mais quase 25 anos. Sua versão de 1853, a Lei Eusébio de Queirós, emancipava os africanos livres que eram trazidos para o Brasil por tráfico ilegal – mas previa que os mesmos seriam forçados a trabalhar 14 anos para pagar as despesas de “reexportação” (repatriação) O passo seguinte foi a Lei do Ventre Livre, de 1871, que declarava livre toda criança nascida no Brasil – mas estas seriam obrigadas a servirem a seus donos até atingirem a maioridade. Ademais, quando a Lei Áurea foi proclamada, em 1888, nenhuma delas a tinha atingido, ou seja, a lei foi completamente sem efeito. Já a Lei dos Sexagenários de 1885, libertou todos os escravos com mais de 60 anos – mas previa um regime de trabalho gratuito para o ex-proprietário durante 5 anos. Novamente, quando da proclamação da Lei Áurea, não haviam passado ainda cinco anos desde a proclamação da Lei, de forma que na prática ela não chegou a surtir efeito algum. Todo esse processo gerou em nossa sociedade um “mito da democracia racial” ou do “paraíso racial”, uma espécie de negação dos nossos problemas raciais. O próprio discurso de elogio à mestiçagem disfarça a discriminação aos negros. Essas concepções são desmentidas pelas inúmeras discriminações contra os afro-brasileiros e contra imigrantes africanos, tanto em nível privado quanto público.

Para entender um pouco mais sobre esse tema, selecionamos o vídeo Caminhos para uma Educação Antirracista – Parte 1 do canal Tudo Educa, onde o Doutor Kabengele Munanga, antropólogo da USP, brasileiro -congolês, onde afirma que o caminho para combater essas mazelas é a educação antirracista.

Até a próxima!

Fonte:

https://www.gov.br/arquivonacional/pt-br/canais_atendimento/imprensa/noticias/dia-do-imigrante

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/imigracao-no-brasil.htm

https://www.calendarr.com/brasil/dia-do-imigrante/

https://www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/migracoes/migr11.htm

https://www.youtube.com/watch?v=fqs_02TgKbk

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