Educação musical com flautas, violoncelo e piano

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No dia 5 de dezembro, a equipe de Educação Musical promoveu a visita, no Campus Humaitá I, dos instrumentistas Erick Conrado (flautista), Karen Barbosa (violoncelista) e Clara Bravo (pianista), que participaram das aulas de Educação Musical das turmas 301, 303, 401, 403, 302, 304, 402 e 404.

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Cada um pôde contar um pouco da sua trajetória para as crianças. Atualmente, todos são universitários e frequentam diferentes cursos superiores de música: Karen faz Licenciatura em Música, Clara faz Bacharelado em Piano e Erick faz Bacharelado em Flauta-transversa. Erick é ex-aluno do CPII e contou que começou a aprender música no colégio, também pela flauta-doce, quando ingressou no 6º ano do ensino fundamental. Depois, optou pelo Médio Integrado – Técnico em Instrumento Musical (flauta-transversa), oferecido na Escola de Música do Colégio Pedro II, em Realengo. Ao finalizar o ensino médio, foi homenageado pelo colégio com o título de Aluno Pena de Ouro, que foi criado entre as décadas de 1930 e 1940 e hoje em dia já faz parte das tradições do colégio e de suas cerimônias oficiais, tendo como objetivo homenagear o estudante que concluiu o ensino médio com maior média geral. As crianças ficaram surpresas e motivadas ao conhecer um ex-aluno, Pena de Ouro, instrumentista, que lhes apresentou diferentes tipos de flautas.

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Uma das flautas apresentadas foi o traverso, um tipo de flauta comum no período Barroco, que antecedeu a flauta-transversa, ou, como as crianças falaram, “o avô da flauta-transversa”. Em conjunto, os instrumentistas deram início à ação cultural tocando o 2º movimento do Concerto em Ré Maior para Traverso, “Il Gardelino”, op. 10, nº3, de Antonio Vivaldi. A peça evoca a paisagem rural, e o traverso inspira imagens e movimentos de um passarinho, o Gardelino. As crianças fizeram um exercício de apreciação, fechando os olhos para imaginar a cena e perceber a conversa entre os três instrumentos.

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Em seguida, Karen falou um pouco sobre seu instrumento, o violoncelo, que, apesar de ser visualmente muito parecido com o violoncelo moderno, também é um instrumento do período Barroco, tendo cordas feitas de tripas e se tocando apoiado nas pernas do violoncelista. Para as crianças conhecerem melhor a sonoridade do instrumento, Karen tocou a “Bourèe I”, da suíte para Cello nº 3, em Dó Maior, de Johan Sebastian Bach, com Erick fazendo o acompanhamento com percussão ao pandeiro.

FOTO 4As crianças tiveram a oportunidade de ver e ouvir peças de música antiga e conhecer um pouco mais sobre esse universo. Compararam as festas e entretenimento atuais, onde as músicas são reproduzidas por aparelhos eletrônicos e as danças são livres, com os bailes do período Barroco, onde a música necessariamente deveria ser executada ao vivo e as danças eram coreografadas. A Bourèe, por exemplo, era um tipo de dança e música da época. Após um breve exemplo, alguns alunos arriscaram passos de dança elegantemente ao som do violoncelo. Que oportunidade especial!

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Outro momento especial foi quando Erick tocou peças compostas para a flauta-doce por volta de 1644, chegando a usar flautas das próprias crianças, que ficaram absolutamente encantadas ao verem seus próprios instrumentos tocando músicas tão antigas e com dificuldades técnicas mais complexas. As peças “Bravade” e “Tweede Daphne” são do livro Der Fluyten Lust-hof, que reúne uma série de peças para flauta-doce de Jacob van Eyck. Tomando conhecimento da flauta-doce como um instrumento musical muito popular nos períodos Medieval, Barroco e até mesmo Renascentista, com repertório de exigência técnica e muito diverso, as crianças puderam ampliar suas concepções acerca da flauta-doce, geralmente tida apenas como um instrumento infantil, utilizado para a iniciação musical.

Para apreciarem um repertório mais moderno, ouvimos “Brejeiro”, de Ernesto Nazareth, um importante compositor da música brasileira. No arranjo da peça, um gênero musical chamado tango brasileiro, piano e flauta-transversa mantêm um diálogo musical. Em nossas aulas, geralmente utilizamos o piano fazendo bases harmônicas para as músicas interpretadas pelos alunos com canto ou instrumentos. Em Brejeiro, as crianças puderam ver e ouvir um repertório mais pianístico, onde o instrumento desenvolve melodias e se apresenta bastante movimentado, sustentando ritmicamente a peça. Uma forma diferente de ouvir um instrumento já habitual.

Encerrando a visita, as crianças tocaram com os músicos peças do repertório trabalhado durante as aulas. Também puderam experimentar sons nos instrumentos, ensaiando as primeiras arcadas e sentindo a vibração do violoncelo encostado ao corpo, ou se desafiando a buscar a embocadura que faz possível a produção do som no traverso e na flauta-transversa.

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A visita dos músicos foi mediada pelos professores da equipe de Educação Musical, Geraldo Leão, Juliana Chrispim e Liliam Ameal, sendo mais uma das ações do projeto “Conexões Musicais: Campus Humaitá I de portas abertas para a música”, que integra o Núcleo de Arte e Culturas do campus, inscrito na Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura (PROPGPEC).

Confira o vídeo da atividade:

Convidamos vocês a passearem pelo nosso blog para verem as publicações das outras visitas musicais já realizadas!

Equipe de Educação Musical

 

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