#BibliotecaIndica: equipe do Humaitá II lista autoras e autores negros

A Equipe da Biblioteca do Campus Humaitá II apresenta à comunidade escolar e ao público em geral mais uma edição do projeto #BibliotecaIndica. Desta vez, a equipe fez uma relação de autoras e autores negros, entre eles e elas: Angela Davis, Carolina Maria de Jesus, Chimamanda Ngozi Adichie, Conceição Evaristo, Cruz e Sousa, Djamila Ribeiro, Lázaro Ramos, Luiz Gama, Machado de Assis e Maria Firmina dos Reis. Confira no link abaixo:
#BibliotecaIndica: Autoras e autores negros
“É uma honra apresentar esses autores e autoras ao público. Esse tema já estava na nossa pauta para as próximas edições do projeto, assim como estão outros assuntos de suma importância. Avaliamos que deveríamos trazê-lo neste momento, e o que reforçou a ideia foi um comentário de uma internauta numa rede social, elogiando a edição de Artes Plásticas sobre Rodin, Frida Kahlo e Monet e também sugerindo o tema agora em pauta”, explicou a chefe da Biblioteca do Humaitá II, Maria da Conceição Novaes Dias, ressaltando que fica “muito feliz quando o público nos dá um feedback, a satisfação do público é a nossa também.”
Racismo
“Pesquisando o tema, constatamos que racismo existe com força há séculos e que os autores e autoras aqui relacionados de alguma forma denunciaram em suas obras as desigualdades sociais, a exclusão do negro, o preconceito, os problemas sociais, enfim, as mazelas de uma sociedade”, ressaltou Conceição, enfatizando que os autores e autoras retratam com realismo, dentro de um contexto histórico, aspectos ligados às vivências do negro e do seu cotidiano. “Na grande maioria, vivências pessoais, sentidas na pele”, observou a chefe da Biblioteca.
De acordo com Conceição, apesar da pouca representatividade negra na literatura e nas grandes editoras, os autores e autoras continuam percorrendo um caminho em defesa de um espaço igualitário. “Muitos autores negros (as) contemporâneos de sucesso têm militado em prol das causas do negro na sociedade, participam ativamente de movimentos de combate ao racismo, buscam maior representatividade, reconhecimento, visibilidade, inclusão social, entre outras causas”, enfatizou.
Um exemplo, segundo a chefe da Biblioteca, é a escritora brasileira, Conceição Evaristo, grande expoente da literatura contemporânea, que afirmou que “a invisibilidade paira sobre o sujeito negro” e, em entrevista ao site site Brasil de Fato em 2018, declarou: “antes de lerem nossos textos já fazem um pré-julgamento, ou dizem que a autoria negra é uma autoria de militância. Mas é preciso conhecer os textos. Peço muito para as pessoas que não leiam apenas minha biografia, porque ela é importante sim, porque ela contamina meu texto, mas por favor leiam meu texto.”
Espaço
“Tenho a esperança de que o espaço das autoras e autores negros de fato seja conquistado na sua totalidade, porque o lugar dos negros e seus descendentes é onde eles quiserem estar”, afirmou Conceição. Aos poucos, acredita a bibliotecária, estão surgindo grandes autores(as) negros(as) jovens de sucesso, que vêm se juntar aos já reconhecidos, como Conceição Evaristo e Carolina Maria de Jesus, que têm sido destaques em indicação de leituras no ENEM e em vestibulares do todo país, conforme aponta lista no site Super Vestibular.
Além disso, já há editoras voltadas a temas afrodescendentes, sendo a Malê Editora dedicada exclusivamente à divulgação de obras de autores(as) negros(as), informou Conceição. “Isso é excelente, porque é imensurável a contribuição literária deixada por autores (as) negros(as), de um modo geral, já consagrados na sociedade”, observou.
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