Rapper MV Bill faz palestra para auditório lotado no HU2

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O rapper MV Bill lotou o auditório do Humaitá II na última terça-feira, 27 de setembro. O  artista musical foi convidado pelo professor de História Cristiano Campos para falar sobre sua trajetória a estudantes  e servidores do campus, mas ex-alunos também marcaram presença. Confira abaixo alguns momentos da conversa👇🏾

Rato Bill

Assim o adolescente da Cidade de Deus, bairro da zona Oeste do Rio, era conhecido entre os amigos. Na verdade, ele conta que nem tinha tantos amigos assim. “Eu não era do tipo popular, não gostava de futebol e nem fazia parte de um grupo.”

Rimas

Ainda no  Ensino Fundamental,  uma professora de Português o incentivou a escrever. “Foi quando ele descobri que sabia rimar.” Quando apresentou seu primeiro poema para a turma, o futuro rapper  se tornou um garoto popular.

Cufa

MV Bill foi um dos fundadores, em 1998, da Central Única das Favelas, a Cufa, junto com produtor Celso Atayde e a rapper Nega Gizza.  Em 2017  ele e Celso deixaram a organização. Àquela altura “a Cufa já podia caminhar sozinha.”

Preto e bonito

“Foram 20 anos para me chamar de preto e 30 anos para  me achar  um homem bonito.”

Libertação

Suas letras já foram mais voltadas para o despertar da consciência, da luta, sendo inclusive tema do Enem, mas hoje falam também de festa, de diversão. É uma libertação falar de outros assuntos.”

Diálogo

O rapper é um dos poucos da velha guarda que dialoga com as novas gerações. “Eu aprendo com quem é mais jovem.”

Hip Rock

O início foi a parte mais difícil. No seu primeiro show na Cidade de Deus foi apresentado como um músico de hip rock. Para gravar as primeiras músicas precisou se deslocar para São Paulo. “Hoje tudo é mais fácil. Dá para gravar de casa e disponibilizar as músicas pelo spotify.”

Livro

Seu livro “A vida me ensinou a caminhar” foi lançado primeiro em livrarias de bairro nobres, no Rio e  São Paulo. Só depois fez o mesmo nas favelas e presídios.  “Fui criticado por isso, mas quis mostrar quepodemos estar em todos o lugares.”

“Meninos do tráfico”

O rapper participou do documentário  do Falcão sobre jovens envolvidos com a criminalidade. “Não tem especialistas  falando ali. Queríamos ouvir os jovens  falarem sobre seus sentimentos, sonhos e desejos.”

Tragédia

Sempre requisitado pela mídia  para falar quando acontecem tragédias, o rapper tem priorizado  outras pautas, como o seu trabalho, por exemplo.

Sucesso

O rap não tem mais a mesma importância para o jovem negro que teve no passado. “Existem hoje outros caminhos para se atingir o sucesso.”

Educação

MV Bill acredita que o rapper formado terá sempre um plano B e que o melhor caminho é o da educação.  “Quem não é herdeiro tem de construir seu próprio caminho e ele começa na escola.”

Inspiração

Ele contou que já escreveu mais com o coração e a emoção. Hoje pensa também no mercado, no público que vai ouvir seu som.  “Também tenho boletos para pagar.”

Pais

MV Bill cresceu em um lar muito musical.  Ele sabia quando seus pais brigavam pelas músicas que escutavam. Eles ouviam Tim Maia, Zeca Pagodinho, James Brown. “Sampleava todos eles.”

Conselho

O rapper aconselha sempre os jovens a continuarem os estudos. “Estudar não atrapalha, só acrescenta.”

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O aluno Gabriel Ramos (3301) apresentou uma poesia de sua autoria ao final do encontro com MV Bill👇🏾

https://www.youtube.com/watch?v=poIjTDSjNIA

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