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Projeto Rede de Elogios em SCII valoriza a autoestima e a empatia

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No dia 30 de novembro, encerrou-se uma das etapas do projeto Rede de Elogios, com uma confraternização realizada no refeitório do Campus São Cristóvão II. O projeto foi idealizado pela equipe do Setor de Orientação Educacional e Pedagógica (SOEP) do campus, visando ao desenvolvimento da confiança, à valorização da autoestima e à promoção da empatia, além do estímulo à inteligência emocional dos estudantes.

De acordo com Karla do Socorro de Oliveira Neves, chefe do SOEP/SCII, os orientadores perceberam que um trabalho de incentivo mais direcionado se fazia necessário, visto que muitos estudantes procuravam o setor, relatando se sentirem excluídos, desacreditados de sua capacidade e com uma baixa autoestima, adotando mecanismos de defesa que compensavam este sentimento, como a recusa em participar de atividades, as conversas excessivas em sala de aula, entre outros.

Técnicos em Assuntos Educacionais do SOEP/SCII, Bruno Siqueira (à esquerda), Karla do Socorro Neves, Fabiana Maria de Oliveira, Simone Carrano, Carolina da Silva e Fábio Wandermurem, e estagiário Rafael Moura (à frente).
Técnicos em Assuntos Educacionais do SOEP/SCII, Bruno Siqueira (à esquerda), Karla do Socorro Neves, Fabiana Maria de Oliveira, Simone Carrano, Carolina da Silva e Fábio Wandermurem, e estagiário Rafael Moura (à frente).

A Rede de Elogios propôs melhorar a relação da escola com os alunos, entre os alunos e dos alunos com os servidores (docentes e administrativos) e funcionários terceirizados do colégio. O projeto criou uma rede de incentivos, que consistiu em elogiar o estudante, promovendo o estímulo da sua capacidade, da sua coragem, da sua persistência e da sua autoestima: “Elogiar desencadeia uma série de substâncias do prazer, da alegria e da satisfação na corrente sanguínea de quem o recebe.  Quando o aluno não é apreciado ou estimulado em suas particularidades, tanto positivas, proativas, cidadãs, artísticas e/ou esportivas, poderá não desenvolver sua capacidade de se tornar agente transformador de sua realidade”, afirma Karla.

“A ideia é destacar o que os alunos têm de melhor, gerando mudanças que confirmam a importância de relações fundamentadas no afeto para uma formação integral, que vai muito além de boas notas no boletim. Tão importante quanto, é a formação de pessoas que se valorizam e valorizam o outro”, enfatiza Fabiana Maria de Oliveira, Técnica em Assuntos Educacionais (SOEP/SCII).

A partir do que foi observado no curto período de desenvolvimento do projeto Rede de Elogios, outras etapas ocorrerão, propiciando, ainda, a inclusão de mais estudantes que, por critérios permanentemente sujeitos à revisão pelos dinamizadores, possam e/ou devam tornar-se participantes.

Comunicação Social CSCII

Caiu na Rede é Elogiado!

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Abre teu coração e fala com a gente: você já ouviu falar nos PROJETOS desenvolvidos no SOEP?

Existem alguns projetos que já estão acontecendo, outros em elaboração e estamos sempre abertos a ouvir propostas, inclusive a sua! Sim, a sua participação é super bem-vinda! A gente costuma desenvolver melhor nossas práticas e encontrar ações que fazem mais sentido quando todos os interessados participam da construção do projeto. E os projetos não são do SOEP para os estudantes, mas feitos no SOEP por todos e para todos do campus que se interessarem em participar.

Nesse ritmo “projetando de ser”, a gente começa conversando sobre o “Rede de Elogios”. Lembra dele? Participou?! Pode dizer: foi massa! Sabemos que o movimento natural das pessoas é prestar atenção nos problemas e fazer críticas umas às outras; aquela nossa mania bem questionável e feia de olhar os defeitos alheios e ignorar as nossas próprias “bolas fora de cada dia”, colaborando, desta forma, para uma cultura que alimenta e fortalece o bullying.  Pesado desse jeito mesmo. Foi então que Fabiana Maria e Bruno Siqueira, orientadores do setor, se juntaram para propor algo diferente. O objetivo principal é, como o próprio nome diz, criar e incentivar uma rede de elogios na comunidade escolar.

E como funciona a proposta na prática?

Alunos, alunas, professores, professoras, inspetores e demais membros da comunidade escolar podem procurar o setor para registrar seu elogio. Os elogios não precisam ser destinados apenas a estudantes e professores. Eles são extensivos a toda e qualquer pessoa do campus São Cristóvão II. Como vimos acontecer durante a realização desse projeto, estudantes podem ser expressamente carinhosos com os funcionários terceirizados, ou, por exemplo, servidores da secretaria receberem uma demonstração de admiração através das mensagens escritas. Legal, não é?

Embora comprovadamente rico na extensão dos envolvidos, nobre na intenção e efetivo nos resultados desejáveis, os procedimentos de execução são aparentemente simples: após anotar o elogio, servidoras e servidores do SOEP confeccionam uma espécie de plaquinha e entregam para a pessoa elogiada.

Esse projeto começou a acontecer no segundo semestre de 2019. Para os adultos (técnicos administrativos, terceirizados, professores e demais funcionários), entregamos as plaquinhas pessoalmente, durante as atividades do cotidiano letivo, como você pôde ver na foto no início do texto. Para os estudantes, num tom festivo, organizamos uma grande confraternização com direito a lanhe coletivo, com a colaboração de todos e todas, convidando seus respectivos responsáveis para participar e prestigiar o (a) elogiado (a), conforme a matéria do blog   “Projeto Rede de Elogios em SCII valoriza a autoestima e a empatia”.

Como a gente aqui do SOEP é desses que gostam de deixar tudo de um jeito bem explicado, talvez seja importante trocar mais uma ideia: a magia e o poder que o elogio tem. E isso não é papo de “O Senhor dos Anéis”, nem “Harry Poter”, não. É força de transformação na vida real mesmo!

Se, por um lado, sabemos como uma crítica infeliz ou comentários maldosos podem doer na alma, abalar nossa autoestima e nos tornar os piores inimigos do espelho, por outro, palavras bem escolhidas e afirmações gentis enchem nossos dias de cor e som, nos mostram que temos valor e mantêm nossa relação saudável com a gente mesmo e com os outros… o poeta já nos dizia que “o homem que está em paz não quer guerra com ninguém”. O elogio tem o poder de transformar a vida das pessoas. Todos nós, sem exceção, precisamos nos sentir amados e valorizados. Quando fazemos elogios sinceros, a pessoa se sente bem e isso a motiva a continuar fazendo o seu melhor e a ser a melhor versão de si mesmo.

Talvez você ainda possa estar resistente ou, sei lá, achando que não merece nada de bom da vida. “Humse liga”: elogio não é privilégio para quem tem muitas habilidades, tira dez em tudo, é campeão mundial de “Candy and Crush” ou leu 273 livros no ano passado. Se essas pessoas existem, é para elas também. Porém é pra gente como a gente. Você e nós. Pessoas com alguns defeitos, mas que têm muitas qualidades que podem ser destacadas e merecem ser elogiadas. Gente do tipo que adora chegar em primeiro em uma disputa, mas agradece as pequenas conquistas que somadas podem dar novo significado ao que vem depois da corrida, percebendo que outras situações e principalmente pessoas valem muito mais a pena porque são mais importantes.

Uma das coisas mais curiosas dessa parada de elogiar é que isso faz bem para quem elogia e para quem é elogiado, criando uma rede de amor, empatia e alegria. Saca da pegada “gentileza gera gentileza”? Pois é. É exatamente por aí: aquela música que faz bem pra alma toca e o poder de transformação acontece. Vira um círculo vicioso, tipo um looping do bem, sabe? Eu te elogio porque fui tocado e, por isso, ao tocar positivamente a vida de outra pessoa, ela vai elogiar outra, e outra, e outra… até que não se sabe onde, nem quem deu o primeiro passo, apenas que todos são parte dessa rede acolhedora e calorosa… A Rede de Elogios que o SOEP quer continuar a construir com você em São Cristóvão II!

E aí? Ficou interessado em participar no retorno às aulas? Sabe alguma maneira de tornar o projeto melhor? Nos procure no email: soep.sc2@cp2.g12.br.

SCII homenageia seus Professores e Educadores

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Você sabe por que, no Brasil, o Dia dos Professores é comemorado em 15 de outubro?  Para ter essa resposta, vamos voltar ao período Imperial.  Dom Pedro I, Imperador do Brasil, baixou, no dia 15 de outubro de 1827, um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, todas as cidades, vilas e lugarejos teriam suas escolas de primeiras letras.

Curiosidades à parte; o Campus São Cristóvão II presta homenagem a todos os seus professores e educadores que, com zelo e dedicação, lutam por um ensino equânime, de qualidade e pautado no sentimento de pertencimento.  Como forma de proporcionar essa homenagem, conversamos com a professora de Ciências, Mônica Stangl Fiuza.

Mônica começou a lecionar em março de 1974, após aprovação em concurso para o Município do RJ (então, Governo do Estado – Secretaria de Educação).  Há 29 anos, leciona no Colégio Pedro II e sempre esteve lotada no campus São Cristóvão II.

Professora Mônica Stangl Fiuza (foto do acervo pessoal)
Professora Mônica Stangl Fiuza (foto do acervo pessoal)

S.C. – Como surgiu a vontade de ser professora?

M.S.F. – Sou a mais velha de quatro  irmãos. Meu pai era piloto da aviação civil e minha mãe, do lar. Era uma época em que se podia fazer planos e contar com o salário no final do mês. Vida tranquila de uma classe média típica, sem nenhum luxo, mas dentro de um planejamento rígido. Nunca nos faltou nada e a preocupação com a nossa formação escolar sempre foi o foco maior. Decidiram que o nosso primário (hoje, EFI) deveria ser em escola confessional – e assim foi. Daí, até o vestibular, cursamos o ensino público estadual – não havia ainda a distinção entre ensino municipal e estadual. No ensino médio, a Biologia me conquistou. Foi quando tive a certeza de que a minha vida profissional estaria direcionada para esta área. Em princípio, pensei na Medicina. Mas acho que não era uma certeza. Ao voltar de um intercâmbio de 6 meses nos EUA, percebi que os meses que tinha pela frente não seriam suficientes para me preparar para o Vestibular de Medicina. Ao mesmo tempo, também não queria estudar mais um ano em cursinho preparatório. Aí tive a certeza de que a minha vocação médica terminara ali. Fiz vestibular para História Natural (hoje, Ciências Biológicas).

Durante o curso, a partir do 3º ano até a formatura, ao final do 4ºano, fui monitora nas cadeiras de Química Orgânica e Fundamentação Biológica. Sem perceber, começava ali a minha trajetória no magistério.

S.C. –  Fale um pouco sobre a sua trajetória.

M.S.F – Após aprovação em concurso público para o então Governo do Estado do Rio de Janeiro, iniciei minha jornada em março/1974, em Engenho da Rainha, na Escola Municipal Marechal Estevão Leitão de Carvalho. Me lembro como se fosse hoje… Foi uma experiência única. Muito entusiasmo e muita receptividade. Cheguei a ter um mimeógrafo a álcool para levar tudo pronto para a escola e buscar dar aos alunos o melhor. Ia carregada de cartazes ou outros materiais que eles pudessem usar em sala. Era muito gratificante e me fazia muito feliz. Saía do salário?  Sim, mas o ideal falava sempre mais alto. Lá fiquei por 2 anos, quando consegui remoção para Copacabana e, logo depois, para a Urca – Escola Municipal Minas Gerais. E aí, foram 20 anos de muita construção, parceria e amizade. Éramos um grupo muito unido, que pensava, realizava e vibrava os mesmos ideais pedagógicos. Nos aposentamos todas na mesma época e até hoje continuamos juntas, amigas, irmãs – as Meninas da Minas (nosso grupo no zap). Em paralelo ao trabalho no Município, fui contratada pela Universidade Santa Úrsula, também em 1974, onde trabalhei por 10 anos, na disciplina de Fundamentação Biológica. Ao longo desse tempo, veio a necessidade de me aprofundar mais no processo pedagógico. Entrei para o Curso de Graduação em Pedagogia, na PUC. Já nos primeiros meses, senti que a exigência comigo mesma era maior. E, conversando com uma das professoras, ela me sugeriu o Mestrado. Fui. Adorava as aulas, a seriedade e o foco dos alunos e dos professores. Como aprendi em dois anos! Então veio a necessidade de definir projeto, escolher Professor Orientador. Demorei um pouco. E o tempo passando… Uma vez definido o tema, a escolha do orientador só poderia ser uma. E ela aceitou!!! Daí, veio a ansiedade: conciliar o trabalho – eram duas escolas, com carga horária semanal próxima a 30 horas – com a necessidade do tempo para estudar, pesquisar, sentar e escrever. Foram tempos muito difíceis. Quem dera tivesse computador e Internet! Era tudo escrito à mão, pesquisas na biblioteca da Universidade, artigos xerocados. O material ia sendo datilografado em máquina de escrever elétrica, depois, revisado. A datilografia final não poderia ter qualquer erro, obedecia a normas técnicas específicas. Graças a Deus, minha madrinha, que era secretária executiva na época, me deu este presente! Sou-lhe eternamente grata! Foi um tempo insano! Jurei que não faria Doutorado ou qualquer outro curso de pós-graduação. E não fiz! Não me arrependo. Eram outros tempos. Provavelmente, hoje, seria diferente. Defendi a tese em abril/1983 – aprovada na íntegra, só elogios e recomendação de publicação. Publiquei um artigo na revista Tecnologia Educacional, exatamente dois anos depois. Meu foco nunca foi o Acadêmico. O que eu sempre busquei foi aprimorar o pedagógico. Em 1985, já havia deixado a Universidade. Fiz concurso para o Governo do Estado do Rio de Janeiro e em maio de 1985, assumi o cargo de Professor de 2º Grau, em Biologia. Trabalhava à noite. De início, em Jacarepaguá. Era cansativo, mas o grupo era ótimo. Tão logo houve oportunidade, pedi remoção e fui lotada no Jardim Botânico. Bem mais tranquilo e perto de casa! Nesse meio tempo, entre setembro de 1982 e fevereiro de 1987, trabalhei numa escola pequena – o Jardim do Pequeno Polegar.

Ao final de1985, houve uma chamada pública para preenchimento do quadro de professores de uma grande escola particular e confessional. Era um sonho trabalhar lá. A oportunidade estava ali. Me inscrevi e passei por todo o processo de seleção. Num primeiro momento, com atividades orientadas em grupo. Ansiedade esperando o toque do telefone. Trimmmm… Segunda etapa: uma série de duas entrevistas com a Direção Acadêmica e com a Direção de Formação Religiosa. Só faltava a chamada para entrevista com o Reitor. Fui admitida em fevereiro/1986. Foram 31 anos de realização, de aprendizado, de muita exigência, de muitas alegrias, de muitas amizades que foram se tornando família. Sim, tínhamos todos os recursos que precisávamos. Sempre esteve à frente em termos de cada linha nova de aprendizagem que se apresentava. Apostou na tecnologia e vem acompanhando o seu avanço ao longo do trabalho realizado. Entrei para ministrar aulas de laboratório para 8ª série, depois, 9º ano. Repeti a série 31 vezes. Amava! Alguns anos com aulas de laboratório, fui convidada para a 5ª. série, também! Outro universo! Foi preciso substituir um professor no 1º ano do Ensino Médio. Lá fui eu. Foi pouco tempo. Veio o tempo das aulas de laboratório de Biologia em contraturno para 1º e 2º anos EM. Isso, sem nunca deixar o 9º ano, meu xodó, que há muito não era mais laboratório, mas sala de aula, com todas as 7 turmas divididas. Sim, isso mesmo! Eu dava 14 vezes a mesma aula, enquanto a outra metade tinha laboratório com outra professora. Feiras de Ciências, excursões, viagens pedagógicas, retiros… A escola sempre investiu nos e para os alunos. Mas também se voltava para o seu quadro docente. Foram muitas experiências, tantos alunos, ou melhor, tantas pessoinhas que foram crescendo aos nossos olhos, tornando-se pessoas, gente para o mundo, fazendo a diferença! E esse mundo é tão formidável que hoje, 2021, uma das professoras da equipe de Ciências de SCII foi minha aluna nessa escola!  Saí de lá em dezembro/2017. Saudades? Sim, mas uma saudade em paz, com lembranças de um tempo privilegiado.

 

S.C – Quando entrou no Colégio Pedro II e como está sendo a sua experiência?

M.S.F. – Sou do Concurso de 1992, aquele que não era para ser. Dois anos, renováveis por mais dois. E já se vão 29, quase 30 anos!  E o que dizer desse grande universo tão diferente do outro, mas tão rico e exclusivo na sua maneira de ser escola e de ver e entender a Educação?! Confesso que resisti muito para fazer concurso para cá, porque não me conformava com a obrigatoriedade de aulas aos sábados. Até que fui convencida a, pelo menos, tentar. Dois amigos queridos, professores de Biologia no Santo Inácio, também davam aula aqui. Eles foram os responsáveis. Fui lotada em SCII e aqui estou, desde sempre. De início, estranhava aquela divisão das disciplinas em dias pares e ímpares. E por que Ciências tinha que estar nos dias ímpares? Me parecia duas escolas trabalhando num mesmo prédio, em dias alternados e que se encontravam apenas nos Conselhos de Classe. Com o tempo, procurei não dar mais muita atenção e passei a focar no que aquele mundo novo me oferecia. A equipe foi muito receptiva. Não foi difícil começar, nem continuar… Me encantei com o amor e com o orgulho com que os alunos usavam o seu informe e falavam o nome do Colégio. E o tempo veio passando… Em abril/2018, era finalmente, CPII com Dedicação Exclusiva (DE)! Tudo era simples e seguia o fluxo. 6 tempos de 50min. Meia hora de recreio. As aulas rendiam!!! Quadro verde e giz. Cartazes feitos em casa para melhor visualização e compreensão! Quadro de fórmica branca e canetas coloridas… E a informática vinha chegando… Datashow, depois o laranjão… A sala dos professores ganhou um computador. Vieram mais dois… tudo se acelerava. No verão, no início, o que era aquilo? Ventiladores de pé no fundo da sala e outro preso no quadro. Ligar os dois juntos, impossível! Mas era o que tínhamos. Vieram os de teto. Disputa para quem ficava debaixo deles. Tudo era motivo. E íamos aproveitando cada pequena grande melhoria! Chegaram os ar-condicionados de parede. Tempos de muito pinga-pinga nas salas. Mais recentemente, os splits ocuparam seu espaço. Sempre que alguém da equipe, ou eu, quisemos ou precisamos rodar exercícios, houve mimeógrafo elétrico a tinta, ou xerox, ou a impressora/xerox, ou a mecanografia. Sempre fui privilegiada. A equipe dispunha de um laboratório para quando quisesse dar aulas práticas. Muitas vezes, sem dispormos de material pela escola, trazíamos de casa – às vezes foram práticas demonstrativas em sala. Mas sempre, tudo era feito com muito ideal. E como os alunos gostavam! E gostam, até hoje. Quem não? Eles mudaram de perfil. Inevitável. O tempo passou depressa demais e trouxe com ele a tecnologia, fato irreversível ao qual o mundo precisou se render. Foi preciso mudar, haja vista, agora, nestes quase dois anos de pandemia, o quanto todos precisamos aprender e nos reinventar. Nós e os alunos. Como será quando estivermos na sala de aula real frente a frente? Vamos aprender e nos conhecer, porque, até então teremos sido rostos atrás de telas. Ao longo de toda essa trajetória, foram muitas as gestões de Direção. Confesso que não me lembro de todas. Me lembro da que estava, quando cheguei. De mais duas que, se não me engano, tiveram 2 mandatos cada. A gestão atual veio em paralelo ao meu tempo de coordenação. Já lá se vão quase sete anos! Tempo cabalístico!!! Equipe que se mantem, basicamente, em dois períodos de gestão. Entrosamento, ideal, foco, amizade e respeito a todos do Campus. Quantos projetos, quanta construção, quanta vontade de fazer um trabalho marcado pela preocupação com o pedagógico e, especialmente, com o aluno mais necessitado. Por várias vezes questionei e, mesmo, não concordei com algumas iniciativas. Mas sempre respeitei e procurei, junto com a equipe, fazermos o melhor no que era solicitado. E no final, acabávamos abraçando a causa em pauta. E saía ótimo. Hoje, em tempos de pandemia, o Campus se conhece mais, por incrível que pareça. Os diferentes GT’s, necessários, sim, mas tantas vezes tão longos e cansativos, nos aproximaram. Será um grupo melhor, certamente, quando voltarmos. Mesmo com todo o seu propósito e foco na formação integral de seu aluno, o CPII sempre se caracterizou pelo seu academicismo, muito embora seu quadro de professores busque se renovar com o propósito de uma dedicação exclusiva e formação cada vez mais qualificada. A exigência de renovação através de novas políticas federais de ensino que se impuseram (e hoje – a BNCC), associada a uma preocupação com a discussão do pedagógico, hoje aberta a toda a comunidade escolar, trouxe muitos “CONs” e muitas “PROs” e com isso, muitos momentos de encontros e discussões intermináveis e, por vezes, pouco produtivas. Eles foram e são o meu “calcanhar de Aquiles”, reconheço. Mas também foram e continuam sendo oportunidades para o meu “saber ouvir, saber calar, saber ponderar”. É um constante aprendizado, que eu procuro trocar e vivenciar com a minha equipe. E como é gratificante e fácil trabalhar com essas pessoas tão especiais, parceiras, amigas, sempre prontas e disponíveis – para SCII e, principalmente, uns para com os outros! Impressionante como crescemos neste período de pandemia, nos ajudando a compreender e trabalhar no Moodle. Somos de comprar ideias, realizar projetos, nossas Feiras de Ciências bombam. Os trabalhos no Napne conseguem eficiência com muitos alunos. Somos festeiros. Celebramos sempre a vida – os aniversários, os sucessos de cada um, os nossos mascotinhos que vêm chegando ou aqueles novos parceiros que chegam para integrar. Mas também sentimos juntos a tristeza de dizer “até breve” para quem termina um contrato ou pede uma transferência, ou a dor da perda de quem se foi sem sequer poder se despedir… Essa é a minha equipe hoje. As outras que vieram antes, diferentes pelas pessoas, também tinham o mesmo perfil. Elas sempre foram o meu porto seguro no dia a dia desses tantos quase 7 anos de coordenação, nesses tantos quase 30 anos de CPII. Vem chegando o tempo de acalmar. Vem chegando o tempo de renovar. Estava nos meus planos me aposentar até o final deste ano. Mas não estava nos planos do próprio tempo… Nem do CPII! Há que se cumprir 5 anos de DE. Entrego a coordenação em março/2022. Volto a ser apenas professora até abril/2023, com muita alegria no coração! Quantos alunos, quanta gente para o mundo, fazendo a diferença! Quantos amigos de uma vida inteira, em que a idade é o que menos importa! Desde já, vou agradecendo ao tempo…

Assista ao vídeo

 

Comunicação Social CSCII

Dia do Servidor: Conheça a história do assistente de aluno Serjão

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No dia 28 de outubro é comemorado o Dia do Servidor Público, data instituída no governo do Presidente Getúlio Vargas, por meio da criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil, em 1937.  Como forma de prestar homenagem a todos os servidores do Colégio Pedro II, conversamos com o servidor técnico administrativo, Sérgio Lopes de Souza, lotado no Campus São Cristóvão II.

Serjão, como é conhecido carinhosamente pelos estudantes do campus, exerce a função de assistente de aluno e sua trajetória faz parte da história da instituição que o acolheu há 30 anos. Seus esforços e sua dedicação simbolizam a luta de todos os educadores do Pedro II por um ensino de qualidade e equânime.

 

 

Sua trajetória andou de mãos dadas com a história da comunicação brasileira

Na época do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), Sergio, com 17 anos de idade, teve seu primeiro contato com o serviço público como colaborador na Agência Nacional, uma agência de notícias públicas brasileira.  Alguns anos depois, prestou concurso e foi efetivado na função de agente de telecomunicação e eletricidade.

“A Agência Nacional deu lugar a sua sucessora, a Empresa Brasileira de Notícias (EBN), que, em 1988, fundiu-se com a Empresa Brasileira de Comunicação – Radiobrás, vinculada ao Ministério das Comunicações (que funcionou de 1967 a 2016), ao Ministério da Justiça e subordinada diretamente à Presidência da República. Na Agência Nacional, aqui no Rio de Janeiro, cheguei a auxiliar a transmissão dos programas “A Voz do Brasil”, de 2ª a 6ª feira, e “Mobral”, aos sábados, um programa criado em 1970 pelo governo federal, com o objetivo de erradicar o analfabetismo do Brasil em dez anos. Também trabalhei no Departamento Nacional de Obras de Saneamento – DNOS, onde recebia matérias via rádio, depois as copiava a mão, datilografafa e encaminhava para setores afins em outras capitais, como, Curitiba, Salvador e Belo Horizonte.”

 

Relação com o CPII

“Com a extinção do DNOS, fui recebido de braços abertos pelo Pedro II, em 1990. Minha função foi reajustada para operador de rádio e telecomunicação, mas, como não existe essa função no colégio, comecei a trabalhar como assistente de aluno, na antiga Unidade São Cristóvão II, onde estou há 30 anos. Na época, tinha mais contato com os alunos do 7º e 8º anos, sendo eles os responsáveis pelo meu apelido de Serjão.  Acostumei-me tanto com o apelido que, hoje em dia, adotei-o até nas minhas redes sociais.”

 
Servidor Sérgio Lopes com estudantes de São Cristóvão II, na década de 90

 

Ao perguntar para os alunos e colegas de trabalho se conhecem o servidor Sérgio, a resposta é negativa, mas, ao perguntar por Serjão, todos sabem de quem se trata.  O apelido carinhoso pode ter sido dado pela sua alta estatura ou pelo seu vozeirão, mas uma coisa é certa: respeito é bom e ele gosta.

“Ao longo dos anos, adquiri muita experiência e presenciei bons e maus momentos.  Como assistente de aluno, fiz parte de várias histórias, aconselhei, ri, chorei e também “puxei a orelha”, quando necessário.  Recebi várias homenagens, certificados e fui padrinho de turmas de formandos.  Aprendi a gostar do Colégio Pedro II. Tenho 47 anos no serviço público, mas não penso em parar.”

Seu recado: Aprender a gostar do que faz

“Sou um filho da casa (CPII) da qual aprendi a gostar.  Temos que nos sentir bem com o que fazemos. Para que tudo dê certo, basta querer. Nesses 30 anos como educador no colégio, especificamente no Campus São Cristóvão II, pude ter uma troca constante de conhecimentos, e as amizades que fiz ao longo do tempo, passaram a ser uma família.”

Sergio Lopes com a equipe de Assistentes de Aluno de SCII, na década de 90

 

Homenagem aos servidores

Serjão aproveitou a ocasião para deixar sua homenagem a todos os colegas servidores com uma carta:

“A todas e todos os colegas servidores públicos, deixo aqui a minha homenagem, gratidão e respeito.  A todos que constroem, com serenidade, dedicação e responsabilidade, as suas funções.  A quem honra a missão de fazer a diferença na vida de muita gente. Os meus sinceros parabéns pelo Dia do Servidor Público.”

Serjão com estudantes de SCII

 

Depoimentos

“É um exemplo, quando se trata de falar sobre os servidores do colégio.  Meu dia de trabalho não começa sem antes dar um abraço carinhoso no Serjão e ser retribuída nesse abraço.  Ele é a porta de entrada do campus, metaforicamente falando.  É o nosso assistente de aluno do pátio e quem recebe os alunos e os servidores diariamente pela manhã, com muita responsabilidade, tranqüilidade e muito afeto.  Os estudantes gostam dele, pois sabem que é uma pessoa séria, que oferece o seu melhor, esperando o melhor de cada um.  A presença do Serjão no campus é a garantia de que teremos um turno relativamente  mais calmo, com  as coisas acontecendo com mais fluidez, porque ele olha pelos nossos alunos.  É maravilhoso ter a oportunidade de trabalhar com esse profissional zeloso e essa pessoa tão especial.”

–  Adriane Gomes Farah, Diretora Pedagógica do CSCII

“Conheço o Serjão desde o 6º ano. Os alunos o respeitam, pois costuma ser muito correto e exigente.  Gosto muito dele, porque sempre foi muito simpático e atencioso. Sem falar que torcemos para o mesmo time e sempre conversamos sobre esse assunto.  É o servidor que mais tenho contato no colégio.”

– Aluna Rafaela Rodrigues Pereira da Silva (Turma 903 – SCII)


Adriane e Rafaela

“É muito gratificante ter a oportunidade de falar a respeito do Sérgio Lopes, conhecido como Serjão, devido ao trabalho que desenvolve no colégio.  Sempre muito dedicado, esforçado e atencioso com os alunos. Além de ser um ótimo colega de trabalho, é um pessoa ímpar.  Só tenho elogios quanto ao Serjão.”

– Juarez Alves dos Santos – T.A.E./CSCII

“Tive o privilégio de conviver com o Serjão em dois momentos da minha vida dentro do Pedro II, ocupando lugares absolutamente diferentes.  Conheci-o há 30 anos, como meu inspetor, e, atualmente, como meu colega de trabalho. Há 30 anos, como aluna do colégio, ele me espantava pela firmeza, pela coerência, pelo afeto e por ser muito querido. Agora, depois de 20 anos, retorno ao colégio, na condição de servidora, e encontro o Serjão firme, coerente, afetuoso e duplamente querido.”

– Patrícia Rosa da Silva, Coordenadora Administrativa Pedagógica CSCII


Juarez e Patrícia

 

https://www.youtube.com/watch?v=mclY5pAZO4U&feature=youtu.be

Assista a entrevista com Serjão

Suzeth Calheiros – Setor de Comunicação de SCII

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