Biblioteca Indica #18

Os homenageados da semana são os aniversariantes:

http://2.bp.blogspot.com/-OFx_NibiRnE/Tb9aSaCOTYI/AAAAAAAAAEo/e80G0WBj4qc/s1600/ALDEIA+KRUKUTU+027.JPG
Escritor indígena do povo Guarani, Olívio Jekupé nasceu em 10 de outubro de 1965, no Paraná, mas atualmente mora na aldeia Krukutu, que fica em Palheiros (SP). Olívio estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e na Universidade de São Paulo (USP), mas por inúmeras dificuldades não conseguiu concluir o curso, mesmo assim não desanimou, continuou escrevendo e participando de palestras no Brasil e exterior divulgando a cultura indígena.
Começou a escrever poesias no ano de 1984, foi um dos primeiros escritores indígenas a redigir sobre a cultura do seu povo. Publicou seu primeiro livro nove anos depois, numa editora independente, pois seu livro não era aceito em editoras conhecidas. Tem diversos livros de literatura para crianças e jovens publicados por diferentes editoras brasileiras e também traduzidos na Itália. Olívio Jekupé é membro do Núcleo dos escritores e artistas indígenas (NEARIN) e um dos fundadores da Associação Guarani Nae’en Porã.
Olívio Jekupé em entrevista no site Terras indígenas no Brasil, fala da importância da Lei 11.645/08 que “estabelece diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática ‘história e cultura afro-brasileira e indígena’.” Mas se preocupa com a história que será passada para os alunos. Como ele disse em entrevista que ele escreve “[…]Literatura nativa e que Literatura indígena é outra coisa”. Jekupé em guarani significa mestiço, e é nesse sentido que ele tem contribuído para a divulgação da identidade representativa dos indígenas brasileiros. O autor mantém suas redes sociais ativas com novidades de leitura e elementos de sua cultura.
Alguns títulos do escritor: Literatura nativa em família (2020); O presente de Jaxi Jaterê (2017); As queixadas e outros contos guaranis (2013); Tekoa: conhecendo uma aldeia indígena (2011); A mulher que virou urutau (2011); Ajuda do saci (2006); Verá: o contador de histórias (2005); Xerekó Arandu, a morte de Kretã (2002); Iarandu: o cão falante (2002); Literatura escrita pelos povos indígenas (2009).
ESSE LINK é da contadora de histórias Liz – Encomenda encantada, ela nos conta a história do livro O presente de Jaxi Jaterê
NESSE LINK o autor apresenta a obra Tekoa: conhecendo uma aldeia indígena, e conta um pouquinho de sua história
José Torero

https://www.blogdaletrinhas.com.br/app/webroot/files/uploads/ckfinder/images/INTERNA28023308338_ad99eeef69_k.jpg
José Roberto Torero Fernandes Júnior, outro homenageado pelo Biblioteca Indica dessa semana, e aniversariante do mês de outubro, nasceu em 1963 na cidade de Santos. Dedicou-se a arte da escrita após se formar em Letras e Jornalismo pela Universidade de São Paulo.
Torero, como é conhecido, ganhou o prêmio Jabuti nas categorias Romance e Livro do ano pelo seu livro de estreia O chalaça (1995). Além de seu premiado Titulo escreveu também diversos outros livros como por exemplo João e os 10 pés de Feijão (2015); Chapeuzinhos Coloridos (2010) e a queridinha série de livros: Nuno descobre o Brasil (2004), Naná descobre o céu (2005) e Nonô descobre o espelho (2007).
Para ilustrar nossa dica de hoje, nos links podemos conferir a história do livro 33 porquinhos (2012) escrito por Torero e Marcus Aurélio Pimenta e do livro O patinho feio que não era patinho nem feio (2015) também escrito pela dupla:
Referências
https://globaleditora.com.br/autores/biografia/?id=3765
https://terrasindigenas.org.br/pt-br/noticia/148418
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa13087/jose-roberto-torero