Biblioteca indica #8
No século XVI, a censura de livros era uma prática recorrente. A primeira edição do INDEX LIBRORUM PROHIBITORUM (índice de livros proibidos) foi lançada em 1557 e continha o nome dos títulos e autores de livros cujas publicações não estariam de acordo com os critérios adotados pelo clérigo. Esses títulos não poderiam circular entre a população letrada.
Alguns autores importantes para a história fizeram parte desse índice de livros proibidos, como o físico Galileu Galilei, o escritor francês Voltaire, os romancistas franceses Victor Hugo e Alexandre Dumas, o astrônomo Nicolau Copérnico, os filósofos Nicolau Maquiavel, Denis Diderot, Montesquieu, René Descartes e Jean-Jacques Rousseau, o teólogo Erasmo de Roterdã, entre outros grandes e importantes nomes da história.
Por mais de 400 anos os índices de livros foram atualizados incansavelmente. Na trigésima segunda edição do livro, havia mais de quatro mil títulos inclusos. A última publicação atualizada foi no ano de 1948. No século XX, exatamente no ano de 1966, o Vaticano anunciou o fim do índice de livros proibidos.
Imagem da capa de um índice publicado em Roma no ano de 1664.
Imagem da folha de rosto de um índice de livros proibidos publicado no ano de 1682.
Imagem da folha de rosto do índice de livros proibidos, publicado em Roma no ano de 1758.
A temática da censura de livros também é tratada no best seller “A menina que roubava livros”. A história tem como pano de fundo a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Liesel, uma menina com um passado trágico, passa a viver na casa de uma família que aceitou adotá-la em troca de dinheiro. Apesar de não saber ler, Liesel é inserida no mundo das letras pelo seu pai adotivo. Por outro lado, os seguidores de Hitler empilham e queimam livros em praça pública, demonstrando repúdio ao conhecimento e a liberdade de expressão. Liesel é muito corajosa, descobre a leitura e se aventura no mundo dos livros.
Referência do livro:
Zusak, Markus. A menina que roubava livros. Tradução de Vera Ribeiro. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Intrínseca, 2010.
Veja o trailer do filme: