O samba na escola: vivências e aprendizagem

“Ninguém aprende samba no colégio”, dizia Noel Rosa em seu samba “Feitio de oração”. Porém, buscando oferecer situações variadas de aprendizagem e enriquecer as práticas musicais e os debates realizados, a equipe de Educação Musical planejou ações complementares para ampliar os conhecimentos musicais adquiridos pelos estudantes. Dentre os diversos gêneros musicais abordados nas aulas regulares de Educação Musical no campus Tijuca I, o samba foi uma das manifestações culturais que conduziram as aulas das turmas do 4º ano, durante o 3º período letivo de 2018.
No dia 07 de fevereiro, as turmas de 4º ano vivenciaram uma aula externa no MAR (Museu de Arte do Rio), visitando a exposição “O Rio do Samba: resistência e reinvenção”. A exposição tratou de diversos aspectos do samba carioca, abordando sua história desde o século XIX até os dias atuais. Pinturas, fotografias, gravuras, instalações, ambientação sonora, objetos de acervo tais como joias e adereços originais de Carmem Miranda e o prato de porcelana tocado por João da Baiana compunham a riqueza do acervo da exposição. Uma sala com uma instalação artística composta por diversos surdos pendurados permitiu que as crianças interagissem musicalmente com a obra, tocando e experimentando os sons dos instrumentos.
A visita foi acompanhada e mediada pelos professores da equipe de Educação Musical, Juliana Chrispim, Paulo Coutinho e Pedro Mendonça, pelas professoras do Departamento de Anos Iniciais, Márcia Schumack, Márcia Dupin e Shayenne Schneider, pela professora de Educação Física Juliana Diuana, e por profissionais do programa educativo do museu, que abordaram aspectos da formação da cidade do Rio de Janeiro, fazendo conexão com aspectos socioculturais que colaboram para a construção de um imaginário carioca por meio das artes, da arquitetura e da prática urbana.
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No dia 19 de fevereiro, foram oferecidas oficinas de percussão de samba para as turmas do 4º ano, enfocando a prática musical das baterias de escolas de samba. As oficinas foram ministradas pelo músico Jorge Porto, ex-aluno do CPII, ritmista que já pertenceu à bateria da Mangueira e atua ministrando oficinas de percussão no Brasil e na Europa.
Nossos instrumentos de percussão foram reformados em 2018 pelos ritmistas do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro, em uma ação de colaboração e parceria fomentada por responsáveis do 2º ano. Em excelente estado, surdos, repiques, caixas, tarol, tamborim e agogô puderam ser utilizados nas práticas musicais durante as aulas de todos os anos de escolaridade. Especificamente para oficinas realizadas com as turmas do 4º ano, foram utilizados para que os estudantes aprendessem levadas específicas de alguns desses instrumentos, em uma abordagem apropriada para a faixa etária e o nível de desenvolvimento musical das crianças. As oficinas foram mediadas pelos professores de Educação Musical das turmas: Paulo Coutinho (turma 401) e Pedro Mendonça (turmas 402 e 404).
As aulas de Educação Musical já haviam sido encerradas, devido ao período de provas. As oficinas foram planejadas como uma ação complementar, objetivando oferecer mais uma oportunidade de desenvolvimento musical, enriquecendo os conhecimentos acerca do samba, manifestação cultural abordada nas aulas do 3o período.
As oficinas de percussão fizeram parte das ações culturais objetivadas no projeto “Ações em Arte e Educação: vendo e vivendo Arte no campus Tijuca I”, que compõe o Núcleo de Arte e Cultura do campus, com apoio da PROPGPEC (Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura) e coordenação da Profª Juliana Chrispim.
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