
Nesta quarta-feira, 23, aconteceu no Campus Realengo II a segunda edição do Festival da Matemática do Colégio Pedro II, o FESTMAT CP2, evento que reuniu alunos, professores e técnicos-administrativos de vários campi do CPII e de outras instituições de ensino do Rio. A programação variada incluiu a apresentação, em mesas e tendas, de projetos de Matemática desenvolvidos nos campi, além da realização de oficinas.
O campus anfitrião apresentou dois projetos desenvolvidos no Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas (Napne). Um deles foi o "Montanha russa visual”, que tinha a proposta de mostrar aos alunos as grandezas matemáticas não percebíveis visualmente. “Queremos proporcionar aos alunos a percepção das variações de ângulo através das variações de velocidade”, explicou o professor de Física e coordenador do Napne de Realengo II, André Tato, que contou com a parceria dos servidores técnicos Alessandro Ribeiro da Silva (Informática) e Marcelo Vitória, do Setor de Supervisão é Orientação Pedagógica (Sesop).


FOTO 1: Marcelo Vitoria (centro) e alunos do Campus Realengo II na tenda do projeto "Robótica e a Matemática contra o cubo mágico" FOTO 2: Alunas do Campus Realengo II fazem apresentação do projeto "Trupe Matemágica", no Auditório C
O outro projeto do Napne, “Robótica e a Matemática contra o cubo mágico”, fez uso do robô como ferramenta de inclusão e integração. Para isso, foi construído um robô capaz de resolver cubos mágicos por meio de algoritmos matemáticos. “A robótica auxilia no processo de aprendizagem dos alunos atendidos pelo Napne e também com dificuldades de escrita”, ressaltou Marcelo Vitória.
A Trupe Mágica formada por 10 alunas do Campus Engenho Novo II também marcou presença no FESTMAT de Realengo II. Coordenadas pela professora de Matemática Liliana Costa, as alunas ocuparam o palco do Auditório C e fizeram demonstrações de mágica utilizando conceitos matemáticos para um público atento de alunos.


FOTO 1: Raíssa e Caio Cesar, do campus Niterói, assistem à apresentação da Trupe Matemágica FOTO 2: Luisa Alexandra Rangel, do Campus Realengo II, se aventura na confecção dos poliedros
Na plateia Raíssa Milena Cabral, do Campus Niterói, assistia com atenção à apresentação da trupe. A estudante fazia parte de um grupo de alunos que foi ao festival somente para conhecer os projetos que os colegas dos outros campi estão desenvolvendo. Ela disse que, de tudo o que viu, gostou mais do projeto sobre astronomia dos estudantes de São Cristóvão III.
Seu colega Caio Cesar Aguiar disse que estava impressionado com tudo o que viu. “Eu vi uma galera apresentado um projeto sobre geometria não euclidiana e gostei muito. Também achei a Trupe Matemágica interessante”, acrescentou.
Platão
Alunos e professores do Campus Humaitá II compareceram ao festival com dois projetos. Um deles foi sobre a construção de sólidos geométricos utilizando poliedros de Platão. A professora responsável, Rachel Bergman Fonte, conta que o projeto foi desenvolvido em sala de aula com alunos da 2ª série e teve como proposta colocar em prática a teoria da geometria espacial.


FOTO 1: Julia Anjos e Rebeca Medeiros, monitoras do projeto "Soltando a imaginação com o Tangran", do Campus Humaitá II FOTO 2: Professora Priscilla Guez e os alunos Luiz Eduardo Araújo e Rafael Hyga e Gabriel Arouca
Auxiliadas pelas alunas Maria Heloisa Lima, Julia Amorim e Mariana Rodriques, a professora ensinava os estudantes a montar os poliedros. Uma das que se aventurou foi a aluna da 1ª série do Campus Realengo II Luisa Alexandra Rangel. “Nunca tinha feito, achei muito divertido, a montagem não é difícil, mas costurar, sim”, disse, referindo-se à agulha e linha que usou para costurar o material em pet utilizado na confecção do poliedro.
Pela segunda vez participou do festival, o projeto “Soltando a Imaginação com Tangran”, da professora Priscila Belota (Humaitá II), que não pôde comparecer ao evento, mas foi representada pelas alunas Julia Anjos e Rebeca Medeiros, da 3ª série. Rebeca conta que conheceu o projeto durante a realização do FESTAMAT no Campus Duque de Caxias. “Gostei tanto que passei a fazer parte", ressaltou.
Do Campus Humaitá II também participou o projeto Jogo da velha em 3D. A professora Priscilla Guez conta que viu alguns alunos da 2ª série brincando com o tradicional jogo no quadro e propôs aos estudantes fazerem uma versão em 3D. A ideia deu certo e eles resolveram inscrever o projeto no FESTMAT. “Nossa proposta foi desenvolver outro ângulo do jogo e trabalhar a percepção do espaço, com as diagonais do quadrado e do cubo”, explicaram os alunos Luiz Eduardo Araújo e Rafael Hyga. Gabriel Arouca e Natan Prattes também integram o projeto.
Origami


FOTO 1: Professor José Antônio Novaes (Uerj) ensina os estudantes a fazerem origami FOTO 2: Ana Lúcia Mazziotti e Samanta de Oliveira (Campus Duque de Caxias) deram muitas explicações sobre o projeto “Como maus hábitos de consumo adiam a independência financeira"
O Campus Duque de Caxias, que sediou o primeiro FESTMAT CP2, apresentou o projeto “Como maus hábitos de consumo adiam a independência financeira”. As alunas bolsistas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) Ana Lúcia Mazziotti e Samanta de Oliveira deram muitas explicações para colegas interessados no tema. Elas são orientadas pelo professor Braulino Mattos Reis Neto.
Ao lado delas o professor da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) José Antônio Novaes demonstrava como aprender Matemática com origami, técnica milenar japonesa de dobradura. Novaes, que por 10 anos lecionou no Campus São Cristóvão III, explica que sua proposta é “produzir multiplicadores, no caso professores, para encantar alunos. “Porque a dobradura faz exatamente isso, encanta”, enfatizou.


FOTO1: Emerson Santos e Leonardo Andrade, da 2ª série do Campus Tijuca II, apresentaram o projeto "Paridade no xadrez" FOTO 2: Os professores Daniel Alves, Gabriela Marques e Ana Clara Pessanha (São Cristóvão II) desenvolvem o projeto em sala de aula com a proposta de tornar a Matemática recreativa
“Paridade no tabuleiro de xadrez” é o nome do projeto desenvolvido pelos alunos Emerson Santos e Leonardo Andrade, da 2ª série do Campus Tijuca II, que foi apresentado em uma das mesas do festival. Orientados pelo professor Orlando da Silva Jr., os alunos demonstravam aos colegas como o jogo de xadrez pode ser utilizado na multiplicação. No espaço das tendas, os alunos do Tijuca II Áquila Mazzei, Dalai Oliveira e Marina Jucá apresentaram o projeto “Demonstrações visuais”, com a proposta de mostrar visualmente as teorias matemáticas. Eles são orientados pelo professor Bruno Viana.
O uso do jogo na Matemática também foi tema da expositora Gisele Pinheiro Sátyro, mestrando do Profmat/CPII. Ela conta que desenvolveu o projeto “Construindo o conhecimento matemático para todos - estratégias do 6º ao 9º ano - jogo avançado com resto” quando era aluna de especialização do Programa de Residência Docente (PRD/CPII), em 2014. “Desenvolvi o jogo para melhorar a didática em sala de aula”, explica a professora que leciona em duas escolas, uma estadual e outra municipal.
“Contando diferente: nem sempre o home contou de 10 em 10” marcou a participação do Campus são Cristóvão II no evento. Os professores Daniel Alves, Gabriela Marques e Ana Clara Pessanha desenvolvem o projeto em sala de aula com a proposta de tornar a Matemática recreativa. Os três docentes trabalham os múltiplos ao mesmo tempo que demonstram como outros povos utilizaram bases numéricas diferentes da nossa, que é decimal.
Parceria


FOTO: Gisele Pinheiro Sátyro, mestrando do Profmat/CPII, apresentou o projeto “Construindo o conhecimento matemático para todos - estratégias do 6º ao 9º ano - jogo avançado com resto”, que desenvolveu quando era aluna do PRD/CPII FOTO 2: Luciana Martino (São Cristóvão III) com alunos de um dos cinco projetos apresentados no festival, desenvolvidos em parceria com o IME/Uerj
Uma parceria do Campus São Cristóvão III com o Instituto de Matemática e Estatística (IME/Uerj) pôde ser conferido em cinco projeto distribuídos em quatro tendas do festival. Em uma delas, os estudantes faziam demonstrações sobre as “Distâncias no globo terrestre”; em outra, tratavam da “Revolução do espaço curvo”; numa terceira; abordavam as “Projeções: do espaço para o plano, cartografia e o infinito dos polos”; e, na quarta, o tema era “Astronomia + Matemática.Física² “ e “Gerando Ondas: dois caminhos para as ondas”.
Idealizadora dos projetos, a professora de Matemática Luciana Martino conta que há quatro anos iniciou há os estudos extraclasse com alunos do Campus São Cristóvão III. No ano passado, ela se uniu à professora Christiane Faria, do IME/Uerj. Segundo Luciana, independentemente do tema, o objetivo dos projetos é proporcionar a aplicação da Matemática ao cotidiano das pessoas.
Também pela segunda vez participando do FESTMAT CP2, a exposição "O Homem que calculava em quadrinhos”, do programador visual do CPII, Marlon Tenório, atraiu a atenção de todos. O programador fez uma releitura, em pôsteres e em revista, da obra do professor de Matemática do CPII Julio Cesar de Mello Souza, autor do livro "O Homem que Calcula", que escreveu com o pseudônimo de Malba Tahan.


FOTO: A exposição "O Homem que calculava em quadrinhos”, do programador visual do CPII, Marlon Tenório, atraiu a atenção de muitos estudantes FOTO 2: Professor Ivail Muniz durante a oficina “Game of Thrones no Reino da Educação Financeira: uma saga da Psicomatemática”
Segundo Marlon, trabalhar com a obra de Malba Tahan era um sonho de juventude. "Desde quando conheci o 'Homem que Calculava', ainda na minha adolescência, a ideia de fazer algo mais com o texto do livro sempre me acompanhou. Há poucos anos comecei a esboçar uma adaptação para os quadrinhos, mas engavetei o projeto. Sabendo do FESTMAT, pensei que seria uma motivação para, pelo menos, terminar o que havia iniciado. A revista encerra um ciclo. Quem sabe outros não se abrem no futuro?", ressaltou.
As revistas produzidas pelo programador visual agradaram muito aos alunos visitantes da escola municipal Leonor Pousada, de Marechal Hermes. Segundo o professor Thiago Lima, o evento serve como estimulo aos estudantes para prestarem o concurso de novos alunos do CPII. “Nós queremos despertar nos estudantes essa curiosidade em relação ao Colégio Pedro II”, ressaltou.
Oficinas


FOTO 1 : Alunos de escolas municipais foram conferir o FESTMAT CP2 de Realengo II FOTO 2: Estudantes do Campus Realengo I (Pedrinho) visitam projeto de robótica
Na parte da tarde, além das apresentações dos projetos nas mesas e tendas, foram realizadas novas oficinas, como a “Game of Thrones no Reino da Educação Financeira: uma saga da Psicomatemática”, ministrada pelo professor Ivail Muniz, e a “Desvendando a Calculadora Científica: os desafios da Potenciação”, com o professor Daniel Martins.
O festival também recebeu a visita dos alunos do Campus Realengo I (Pedrinho), que ficaram animados com os projetos. Muitos quiseram se aventurar na montanha russa virtual.
Entre as escolas visitantes, além da Leonor Posada, passaram pelo festival estudantes das escolas Lima Barreto e Baltazar Lisboa (municipais) e Maestro Heitor Villa Lobos e Cora Coralina (estaduais).
Confira a galeria com fotos do evento
Confira o vídeo que o Nepag/Campus Realengo II produziu sobre o evento
Veja aqui mais fotos do FESTMAT CP2

Um dia inteiro dedicado à Matemática marcou a abertura do FESTMAT CP2
Assessoria de Comunicação Social